quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Cemitério da Colônia Maciel, Pelotas

Este cemitério está localizado no Rincão da Cruz, 8º Distrito do Município de Pelotas, junto à Igreja de Sant'Ana, sede da Paróquia Católica de mesmo nome. 



O cemitério parece ter começado com a chegada dos primeiros imigrantes italianos, ou seja, depois do ano de 1884, em um lote concedido pelo Governo para justamente ser criado um cemitéiro. Em 1927, os moradores ergueram uma capela dentro do cemitério. 

 

Chama atenção um jazigo que está na linha da entrada principal do cemitério. Ali estão sepultados três sacerdotes que exerceram essa função naquela comunidade e que hoje possuem fama de santos!!



Monsenhor JACOB LORENZET
Nascido em Caxias do Sul, RS, em 29/01/1880, foi ordenado sacerdote em 30/11/1908 e atuou na Colônia Maciel de 1918 a 1933. Entre suas ações estão diversas obras paroquiais como a construção da capela do cemitério em 1927 e a construção da Igreja Matriz de Sant'Ana que foi inaugurada em 1931. Recebeu o título de Monsenhor pelos serviços prestados à Igreja Católica. Faleceu em 29/06/1961 no Hospital de Canguçu onde ainda exercia atividades religiosas.   



Padre JOSÉ FLÁVIO WEIZENMANN
Nascido em Arroio do Meio, RS, em 10/12/1939, foi ordenado sacerdote em 01/01/1966 e atuou nas comunidades de Morro Redondo e Colônia Maciel. Faleceu em 13/11/1990. 



Padre REINALDO WIEST
Nascido em Morro Reuter, Dois Irmãos, RS, em 15/07/1907, filho de Felipe Wiest e Carolina Kieling, sendo o 11º dos 15 filhos do casal. Foi ordenado sacerdote em 03/12/1933 e faleceu em Canguçu, em 29/01/1967 de insuficiência cardíaca. Ganhou fama por sua doação em prol dos pobres e hoje é conhecido como "o santo da campanha". Existe já uma expectativa dos paroquianos quanto a sua canonização. 



Ainda chama atenção o túmulo da família Ceron pela homenagem aos ancestrais mais antigos com um quadro emoldorando foto e informações dos imigrantes: Angelo Ceron (*1866 +1950) e sua esposa Teresa Rigo (*1864 +1934), Giacomo Ceron (*1816 +1887) e sua esposa Elena Miglioranza (*1830). No quadro, ainda consta que Giacomo morreu no navio, a 150 metros do porto, sendo enterrado em Rio Grande. Em documentos da imigração, foi declarado que ele ainda estava vivo e doente em Rio Grande.




Aqui alguns dos túmulos mais antigos ou de famílias tradicionais da região: 

Aldrighi, Antoniollo, Bassi, Bettin, Blaas, Bordini, Camelato, Carniato, Casarin, Ceron,  Dittgen, Doro, Dobke, Formentin, Gettens, Gruppeli, Hertel, Lima, Lourençon, Marini, 
Machado dos Santos, Megiato, Morello, Mohnsam, Nizzoli, Pegoraro, Pedrotti, Piccolo, 
Portantiolo, Rodeghiero, Romano, Rosso, Stocco, Santin, Scaglioni, Schiavon, 
Silveira dos Santos, Teixeira,Voltan, Weiser, Zaffalon, Zanatto, Zanetti, Zoia.


José Carniato (*1859 +1941) e sua esposa Josefina Morello (*1863 +1921)
 

José Carlos de Toledo Bordini (*1885 +1965)

Vitorio Lorenzom (*1895 +1954) e sua esposa Maria Adriana Schiavon (*1897 +1986), família também conhecida como Lourençon ou Lorenzon, ou Lorenzoni).

Antonio Portantiolo (*1852 +1922) e sua esposa Judita Carniato (*1850 +1939).
 

Arcadio Groppelli ou como está no túmulo Arcado Gruppelli (*1837 +1923)

Domingos Machado dos Santos (*1841 +1904)

Demetrio Zanetti (*1891 +1955)

Antonio Pegoraro (*1818 +1903) e sua esposa Francisca Zoia (*1824 +1908).
 

Antonio Fabrizio Scaglioni Sobrinho (*1891 +1976)

João Arthur Dobke (*1917 +1973)

Antonio Antoniollo (*1851 +1924)

José Bettin (*1907 +1963)

Luiz Justo Casarin (*1869) e esposa Maria Francisca Getens (*1872)

 Adelaide Maria Casarin Lourençon (*1874)

Inocencio Voltan (*1860 +1937)

Frederico Weizer família também conhecida como Weiser (*1890 +1970)

José Formentin (*1880 +1935)

Deziderio Zoia (*1861 +1918)

Luiz Zafalon ou Zaffalon (*1855 +1911) e sua esposa Adriana Stocco (*1860 +1941)

Eugenio Morello (*1850 +1922)

José Bassi (*1852 +1933) e sua esposa Claudia Guasti (*1857 +1941)

Angelo Camelato (*1864 +1917) e sua esposa Angela Carniato (*1875 +1935)

Modesto Schiavon (*1847 +1936)

Francisco Santin (*1880 +1940) e sua esposa Maria Zanetti (*1883 +1960)

Amabelina Megiato Pegoraro (*1896 +1983) 

Antonio Romano (*1890 +1943) e sua esposa Helena Ceron (*1888 +1964)

Balthazar Aldrighi (*1889 +1973)

Alfredo Dittgen (*1907 +1984)

Alexandre Doro (*1895 +1977)

José Pedrotti (*1896 +1966) e sua esposa Antonia Zanatto (*1893 +1970)

Ernani Osmar Blaas (*1931 +1982)

João Nizzoli (*1912 +1996) e sua esposa Emilia Morello (*1916 +1991)

Petronio Teixeira (*1892 +1948)

Christiano Rodeghieiro (*1860 +1923)

Abramo Piccolo (*1880 +1924) e sua esposa Maria Bassi (*1888 +1970)

Astrogildo Silveira dos Santos (*1900 +1954)

Valentim José de Lima (*1821 +1908)

Luiz Zanatto (*1890 +1949)

Ernesto Rosso (*1908 +1950)

Adolfo Mohnsam (*1930 +1979)

Valdemar Marini (*1912 +1979)

Alfredo Hertel (*1911 +1988)



Descancem em paz! 

23 comentários:

  1. As pessoas passam, morrem mas a história continua viva, principalmente quando se a preserva. Bravo, Leandro!

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  2. Obrigado pelos comentários! Abraços Renata e Gilberto!

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  3. oi Leandro, tudo bem?
    tens mais alguns dados de Angelo Ceron, pois sou bisneta e quero tentar a cidadania.
    Sou professora municipal na Vila Nova. Onde fizestes parte do Museu dos Franceses. Maria Lúcia Ceron Grande Abraço e belo trabalho

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    1. Claro, posso ajudá-los, escreva para meu email leandrobetemps@gmail.com

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  4. Muito bom. Viagem virtual ao passado. Minha mãe é "Lima dos Santos" (92) e achamos isso agora, ao acaso, no celular, procurando coisas da Colônia Maciel...! Salvei algumas imagens para futura referência. Muito grato!!

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    1. Obrigado! Se tiver mais dados sobre sua família envie mensagem para meu email pessoal e posso checar no material já pesquisado. Abraço

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    2. Oi Leandro!
      Para qual email posso te enviar dados, caso tenhas interesse?

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    3. Acho que é esse, né? leandrobetemps@gmail.com

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  5. Estou a procura de maiores informações do meu trisavô italiano João Morocini, morreu em Pelotas, mas não está enterrado lá. Alguém pode me auxiliar?

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  6. Neste cemitério tem enterrado muitos dos meus antepassados. A visita a ele é uma verdadeira viagem ao passado.
    Parabéns pela reportagem.

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  7. Estou procurando saber da família Doro.
    Sei que o bisavô da minha mãe, João Doro veio da Itália.

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  8. Boa noite, estou procurando pela família de Giovani Canali, pai de João Canali, pai de Bernardo Vargas. Alguns segundo informações em documentos foram sepultados neste cemitério. Obrigado

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  9. Bernardo Vargas era casado com Delfina Maria da Silva (ou Delfina Antonio Silva) que foi sepultada neste cemitério.

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  10. Amabelina Megiato Pegoraro foi tia de meu avô paterno. Possuía problemas mentais, e teve minha avó paterna como curadora até sua morte.

    Astrogildo Silveira dos Santos é tio de minha avó paterna. Faleceu novo, com pneumonia.

    Gostaria de saber mais sobre meus antepassados. Sou neto de Giácomo (Jacó) Pegoraro, o qual é filho de João Pegoraro e Adelina Aldrighi Pegoraro, que residiam em Ares Alegre, 1 Distrito de Canguçu, que faz divisa com a Maciel. Todos enterrados no cemitério da Maciel.

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  11. Minha tetravó, Carlota Marcellina da Silva Veiga, falecida em 1907 foi sepultada neste cemitério. Mas não tenho ideia de como esteja o túmulo, nem a localização, gostaria de restaurá-lo.

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