O Cemitério da Colônia Francesa de Santo Antônio do Quilombo teve sua origem em 1887, em terras de Pierre Escallier. O primeiro sepultamento foi o de Jean Jacques Jouglard, cujo corpo foi impedido de ser sepultado no cemitério antigo (que se localizava próximo da Vila Nova, onde hoje está a escola Crochemore) devido a uma cheia no arroio Quilombo. Assim pediram e o Escallier deu permissão para no alto da colina criarem um novo cemitério para os franceses. O Cemitério está a 2 quilômetros da Vila Nova, sede do Sétimo Distrito do Município de Pelotas.
Aqui a Cruz Mestre do Cemitério, que marca o centro do local e que
deve receber as velas a serem queimadas pela memória e almas dos fiéis defuntos.
Em 24/01/1931, as famílias da localidade resolvem fundar uma sociedade
com o objetivo de cuidar e organizar o cemitério já existente.
Em 1985, Ernestina Capdeboscq Jouglard, com o apoio do Padre Jacó Lorenzetti, iniciou uma campanha para construir uma pequena capela junto ao cemitério, pois os vel[orios tinham que ser feitos na Igreja São Pedro ou no atual prédio do Museu da Colônia Francesa, ambos na Vila Nova.
Dona Ernestina está sepultada neste cemitério,
junto do marido Edmundo Jouglard e dos filhos Edgar e Elita, falecidos ainda criança.
Ernestina Capdeboscq Jouglard (*1905 +2004).
Ernestina comprou o material, mandou fazer reservatório para armazenamento de água e fez tanques novos para sepultamento. Com a venda destes, propôs ao administrador Walkir Schiller que fossem feitas gavetas a preços mais acessíveis.
O que foi feito anos mais tarde, no local conhecido como Ala Nova.
Um dos primeiros administradores do Cemitério de que temos notícias foi o Sr. Emílio Ribes e
seu filho Lino Emílio Ribes que também estão sepultados neste cemitério.
Emílio Ribes (*1885 +1964) foi importante industrialista na Colônia Francesa.
Lino Emílio Ribes (*1910 +2005) realizou um levantamento dos sepultamentos realizados no cemitério, preparando um mapa e organizando os lugares disponíveis para outros sepultamentos.
Outro administrador de cemitério por vários anos, foi
o Sr. Walkir Schiller que também está sepultado ali.
Walkir Schiller (*1935 +2004) deixou de ser o administrador em 25/01/2004 passando o cargo para a atual administradora, a Sra. Sonia Silva Crochemore.
Entre as ações realizadas por dona Sonia estão o nivelamento dos terrenos entre as sepulturas, facilitando o escoamento das águas; a colocação de brita entre as sepulturas o que facilita a passagem em dias de chuva. Através das doações da comunidade, a administradora pode isentar das mensalidades, os sócios com mais de 80 anos. Em 2007, com o apoio da Prefeitura e da CEEE, conseguiu instalar energia elétrica na capela do cemitério.
Em 2005, foi construída junto a Ala Nova e benzida no ano seguinte pelo Padre Armindo Capone a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes.
Entre os túmulos encontrados neste cemitério, apresentamos os das famílias:
Amorim, Bachini, Bernard, Berthalon, Betemps, Borges, Brum, Capdeboscq, Carré, Charnaud, Chollet, Colomby, Conceição, Costa, Crochemore, Cuoco, Daunis, Doro, Escallier, Ferreira da Silva, Fouchy, Fuseri, Geiger, Gerber, Girou, Gomes, Guiot, Heimberg, Herrmann, Hirschmann, Holz, Jansen, Jouglard, Kezinski, Laroque, Longchamp, Machado, Magallon, Martin, Mendes, Molina, Ney, Paap, Pastorello, Peverada, Potenza, Radmann, Raffi, Ribes, Robe, Rodrigues, Rosso, Schafer, Schiller, Schubert, Silveira, Staith, Sturbelle, Tietz, van Gysel, Weirich, Zandona.
Nicolau Laroque Filho (*1892 +1968)
Adolfo Fouchy (*1898 +1959), esposa Luiza Ney Fouchy e filha Ernestina Fouchy
Luiz Gonzaga Borges (*1888 +1958)
Maria Salud Afonso Leal de Amorim Ney (*1882 +1958), nascida na Espanha casada com Luiz Ney.
Ireno Paulo Pastorello (*1892 +1914)
Gustave Paul Ribes (*1855 +1936) e sua esposa Irma Marcelline Fouchy (*1857 +1916)
Bernardo Schiller (*1883 +1918)
Francisco Cuoco (*1859 +1922), italiano, casado com Marie Euphanie Escallier
Luiz Romeu Charnaud (*1890 +1970) e esposa Leontina Marcelina Longchamp
Alexandrina Colomby Ney (*1858 +1909) casada com Victor Ney
Victor Ney (*1847 +1923)
Augusto Magalon (*1879 +1955)
Julio Alberto Longchamp (*1860 +1923) e esposa Angelea Fouchy
Alfonso Elizeu Crochemore (*1898 +1981)
Alfonso Eliseu Felix Crochemore (*1867 +1956) e esposa Elisa Paulina Escallier
Eugenia Rebour Ribes (*1832 +1896) casada com Paul Gustave Auguste Antoine Ribes
Osorio Rosso (*1911 +1983)
Marius Martin (*1862 +1929) e esposa Margarida Chollet
Andreas Hirschmann (*1886 +1954) e sua esposa Dora Margarida Marr
Maria Bernard Escallier (*1842 +1898) casada com Pierre Escallier
Pedro Bachini (*1863 +1928) e sua esposa Maria Francisca Rios, proprietários da antiga Pousada e restaurante Bachini, na atual localidade Bachini
Manoel Celestino Gomes (*1833 +1909)
Francisco Sturbelle (*1866 +1922) e sua esposa Isabelle van Gysel
Antonia Maria da Silveira (*1862 +1909) casada com Daniel Ferreira da Silva
Jean François Betemps (*1822 +1905)
Albino Robe (*1914 +1974)
Bernardo Paap (*1899 +1983)
Emilio Alberto Guilherme Tietz (*1897 +1968)
Claudemiro Bachini (*1895 +1970) foi subprefeito no fim da década de 1950
Alexandre Doro (*1916 +1981)
Francisco Ney (*1878 +1963)
Jorge Jaime Zandona (*1948 +2009), diácono da Igreja Católica
Jorgina Stait (ou Steithi) Molina (*1881 +1939) casada com Carlos Molina
Claudemiro Manoel da Silveira (*1901 +1947)
Germano Holz (*1912 +1958)
Octacilio Brum (*1907 +1969)
Augusto Guiot (*1835 +1997)
Antonio Jansen (*1927 +1992)
Francisco Schubert (*1879 +1966)
Emilio Carré (*1887 +1946)
Joventil Mendes (*1906 +1957)
Professora Eva Marlene Gonçalves Jansen (*1944 +2000)
Alfredo Radmann (*1931 +2015)
Orlando Gerber (*1923 +2007) e esposa Noely Drebes
Nerica Bohn Weirich (*1928 +1994)
Nestor Elizeu Crochemore (*1920 +1989), nome da Escola municipal localizada na Vila Nova
Zaira Daunis de Oliveira (*1910 +2005)
Daniel Capdeboscq (*1883 +1947) e esposa Albertina Longchamp, importante industrialista da Colônia Francesa e subprefeito
Marie Antoinete Thoma Fouchy (*1828 +1911) casada com Simeon Fouchy
João Raffi (*1836 +1924) e sua neta Amili Raffi
Alexandre Berthalon (*1842 +1917)
Celestino Jouglard (*1886 +1974)
Bartolomeo Fuseri (*1850 +1916)
Luiz Peverada (*1900 +1977) e esposa Elizia Martin
Domingos Potenza (*1854 +1929)
Katharina Kneib Heimberg (*1884 +1932)
Theophilo Kezinski (*1905 +1936)
João Alcides da Costa (+1935) e esposa Alice Brossado
José da Conceição (*1879 +1935)
Francisco de Paula Geiger (*1902 +1963) e esposa Esther
Rosa Potenza Girou (*1878 +1941)
Henrique Schäfer (*1859 +1941)
Frederico Herrmann (*1882 +1930)
Osorio Neves Machado (*1887 +1925) e esposa Luiza Peverada
José Pedro de Paula (*1893 +1968)
José Rodrigues (*1894 +1969) e esposa Iracema Gonçalves
"Vous qui sur la terre habitez,
Chantez à haute voix, chantez,
Réjouissez vous au Seigneur,
Par un saint hymne à son honneur."
"Vocês que sobre a terra habitam, cantem em alta voz, cantem,
Alegrem-se no Senhor, por um santo hino em sua honra".
Poema em francês, gravado na lápide de Alexandre Berthalon, no cemitério da Colônia Francesa.